domingo, 8 de julho de 2018

Tudo começou com um pequeno livro chamado "A Anatomia dos Mártires", um pequeno livro que conta a historia de um jornalista, que busca por respostas sobre quem era a personagem Catarina Eufémia. È claro que a história é muito mais complexa do que isto, mas impressionou me a escrita. Passados três ou quatro anos, acabei hoje de ler o setimo livro, "A biografia involuntária dos amantes", precisamente no dia seguinte, em que finalmente conheci a pessoa que escreve estes romances: João Tordo.
Nos seus 46 anos, esperava-se uma certa seriedade ( o que me ia desapontar, confesso), que não é de todo do caracter dele. Brincou com várias situações, numa jovialidade ás vezes que não reconheço a pessoas na minha faixa etária.
O que sempre me deliciou nos romances dele (para além das histórias, deliciosamente bem escritas), foi a desconstrução que ele fazia da vida, da morte, dos sentimentos e das próprias personagens. Aquelas partes filosóficas que dão frases bem giras no facebook, mas que são muito mas muito mais do que isso, são ás vezes visões sobre estes aspectos que nós nunca tinhamos pensado ou conseguido traduzir para palavras.
Fiquei ainda mais feliz de conhecer o autor, porque faltando apenas quatro livros para ler todos os que ele ja escreveu, posso dizer indiscutivelmente e sem o prejuizo de me poder arrepender que é o meu escritor preferido e é o melhor escritor português da atualidade. E daqui a 15 anos, espero que ainda esteja a escrever e espero poder dizer o mesmo, porque ainda que nessa altura não seja tão atual (o tempo é uma coisa danada), para mim que cresci a minha vida adulta com estes livros, ele será sempre o mais atual possivel.
Obrigado João Tordo, foi um prazer!
Obrigado Nuno, pelo empréstimo da Anatomia dos Mártires e por propagares o que de bom há na cultura literária portuguesa.


Sem comentários:

Enviar um comentário