"Entre o caos e o desassossego,
Eixos do mal,
Desordem mundial,
Há tanta gente quilhada.
Com todo o respeito
Andamos por aí
Sempre a mandar vir
Como é que é
Entre a cerveja e o café
Contestatários inatos.
Com todo o respeito
Temos de pagar pelo material de guerra.
Desaparecem os blindados.
A república sabe receber bem,
Gasta milhões que, por acaso, não tem.
O papa deu um grande passo em frente
Até já concorda com a camisa,
Mas só em casos fatais
Com todo o respeito
Este parque automóvel corta a respiração
Muito acima da nossa realidade
Alguém vai ter de pagar
Com todo o respeito
Os centros comerciais engolem a gente
Alguns vão comprar, outros só vão olhar
E há quem consiga roubar
Com todo o respeito
Enquanto os sem-abrigo se vão arrumando, entre
Recordações e algumas mantas,
Outros cuidam da sua aparência
E droga circula à nossa frente
Tanta corrupção neste país,
Arrogância e ganância sempre impunes
E a sopa dos pobres, lá estão!
Com todo o respeito
Os impostos disparam, apertamos o cinto.
Isto é para toda a gente, salvo raras exceções
Até alguém dizer: chega
Com todo o respeito
Falta virem taxar-me pelo ar que respiro,
Pelo passo que dou, cada vez que espirro.
Hão-de arranjar maneira
Com todo o respeito"
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